quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Municípios têm até dia 31 de janeiro para enviar documentação para Prêmio Brasil Sorridente


Municípios têm até dia 31 de janeiro para enviar documentação para Prêmio Brasil Sorridente
Os municípios interessados em concorrer à premiação do Brasil Sorridente devem enviar a documentação comprovatória até o próximo dia 31 de janeiro. O presidente do CROSP, Dr. Emil Adib Razuk, enviou ofícios para os 645 prefeitos, secretários municipais de saúde e coordenadores municipais de saúde bucal para informar sobre o prazo.

Os conselhos regionais vão analisar a documentação enviada pelas cidades e irão selecionar um município de cada um dos três grupos que foram definidos por tamanho da população (até 50.000 habitantes, entre 50.001 e 300.000 habitantes e municípios a partir de 300.001 habitantes) até o dia 29 de fevereiro.

Posteriormente os nomes das cidades selecionadas regionalmente serão encaminhadas para o Conselho Federal de Odontologia que vai avaliar as indicações e irá divulgar os vencedores em cada grupo populacional até o dia 30 de março.

A documentação deve ser encaminhada para a Presidência do CROSP: Av. Paulista 688, 3º andar - São Paulo – SP – CEP: 01310-909.

Para mais informações sobre o processo de seleção do Prêmio Brasil Sorridente,clique aqui .

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aberta convocação para contratações na Atenção Básica de Saúde

O Ministério da Saúde lançou edital de convocação para a adesão de municípios ao Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab), que prevê estímulos a profissionais de saúde recém-formados que optarem por atuar em ações básicas de saúde. Esta é mais uma medida coordenada pelo governo federal para a contratação e fixação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) em locais mais isolados ou carentes. A estimativa é que 3,7 mil vagas sejam abertas para preenchimento já a partir do próximo mês de fevereiro, sendo duas mil vagas para médicos, mil para enfermeiros e 700 para cirurgiões-dentistas.

O Provab é uma iniciativa conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação direcionado à contratação de médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas para Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de municípios com populações em situação de pobreza, isolados dos grandes centros ou com dificuldades de contratação desses profissionais para o SUS. “Nosso esforço é ampliar a assistência principalmente aos usuários do SUS que ainda têm dificuldades para acessar serviços e profissionais de saúde. Com isso, esperamos reduzir as desigualdades regionais relacionadas à presença e permanência de profissionais de saúde à disposição da população”, analisa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

CONVOCAÇÃO – O edital de convocação é direcionado às secretarias de municipais e estaduais de saúde e também às instituições de ensino superior, que vão supervisionar e orientar os profissionais durante a participação no Provab (presencialmente e à distância). O pedido de adesão ao programa deve ser feito até o próximo dia 7 de janeiro.
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Milton de Arruda Martins, destaca a importância do Provab para a ampliação do acesso da população aos serviços de saúde. “A ação vai estimular os profissionais recém-formados a atuarem nos locais onde a população brasileira mais precisa. Além disso, sabe-se que a atenção básica pode resolver mais de 80% dos problemas de saúde das pessoas, reduzindo idas a hospitais e evitando internações”, analisa o secretário.

O PROGRAMA – Nesta primeira edição do Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica será firmado contrato de um ano com os profissionais que se inscreverem e forem convocados. Ao final desse período, os médicos que tiverem uma boa avaliação de desempenho terão uma pontuação adicional de 10% na nota do exames de residência médica que eles porventura estiverem cursando.

Durante toda a atuação nas unidades de saúde, os profissionais serão tutoriados pelas instituições de ensino superior participantes, que darão suporte presencial e à distância por meio do programa Telessaúde, coordenado pelo Ministério da Saúde para a oferta da chamada “segunda opinião” na assistência aos pacientes do SUS. O programa prevê a Teleassistência e a Teleeducação em Saúde, com destaque para a Atenção Básica.

RESPONSABILIDADES – O governo federal financiará a operação dos Núcleos de Telessaúde das unidades onde estarão atuando os profissionais, bem como das atividades dos tutores, além de cursos de especialização em Saúde da Família. A contratação dos profissionais será feita pelas secretarias municipais de saúde, com as quais será estabelecido o vínculo empregatício, de acordo com os procedimentos de seleção e admissão adotados pelos respectivos municípios. Também caberá às secretarias municipais o pagamento dos salários e o custeio de moradias, quando houver necessidade.


Clique aqui para ler o edital na íntegra.


* Informações do Ministério da Saúde

Fonte: CRO-SP

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Desempenho de dois índices visuais e da fluorescência a laser na detecção e avaliação da atividade de lesões de cárie em superfícies oclusais de dentes decíduos

Resumo:

Os objetivos do presente estudo foram avaliar, em superfícies oclusais de dentes decíduos, o desempenho de dois índices visuais (Nyvad e International Caries Detection and Assessment System + activity lesions assessment ICDAS-II+ALA) para verificar: a) a profundidade e atividade de lesões de cárie, b) a habilidade do aparelho de fluorescência a laser de diferenciar lesões ativas e inativas e c) a associação de variáveis explicativas ligadas ao dente e à criança com a atividade de lesões de cárie. O estudo foi dividido em etapas: (1) avaliação dos índices visuais in vitro; (2) e em etapa in vivo; (3) avaliação da fluorescência a laser na detecção da atividade da lesão; (4) avaliação de variáveis relacionados à atividade de lesões de cárie. Para a etapa 1, 107 molares decíduos foram examinados por dois examinadores utilizando os índices visuais acima mencionados. Parte da amostra (n=69) foi submetida ao exame histológico para avaliação da profundidade das lesões. Foram calculados a reprodutibilidade dos índices e parâmetros associados à validade dos mesmos para estimativa da profundidade das lesões, além da associação entre os índices e com o exame histológico. Para a etapa 2, foram selecionadas 139 crianças entre 3 e 12 anos. Os molares decíduos dessas crianças (n=763) foram também examinados por dois examinadores usando os mesmos índices visuais. Os dentes exfoliados ou extraídos dessa amostra (n=50) foram examinados histologicamente para profundidade e atividade das lesões (com uso de corante indicar de pH). A reprodutibilidade e validade de critério dos índices foram verificadas. Para a etapa 3, os molares decíduos foram examinados com o aparelho de fluorescência a laser (DIAGNOdent) após 3s e 15s de secagem. A diferença entre as medidas nos dois tempos foi calculada. A associação das leituras com a severidade, atividade e pigmentação das lesões foi verificada. A validade do método foi verificada para os dentes exfoliados ou extraídos. Por fim, para a etapa 4, alguns parâmetros possivelmente relacionados com a atividade das lesões de cárie foram coletados por questionário e clinicamente. Uma análise multinível foi feita para verificar a associação desses parâmetros com a atividade das lesões de cárie classificadas pelos índices. Observou-se que os índices de cárie são comparáveis, apresentando boa reprodutibilidade e validade de critério para detectar lesões de cárie e estimar sua profundidade, tanto in vitro, como in vivo. Os sistemas também apresentam associação satisfatória para a avaliação da atividade das lesões, sendo que o ICDAS-II + ALA mostra uma tendência de superestimar essa atividade das lesões quando comparado ao índice de Nyvad. O método de fluorescência a laser é capaz de diferenciar lesões ativas de inativas classificadas pelo índice de Nyvad, sendo que a pigmentação não influencia isoladamente, a avaliação da atividade das lesões por esse método. Por fim, o tipo de dente e o acúmulo de placa madura, assim como a experiência de cárie e visita anterior ao dentista são variáveis, respectivamente do dente e da criança, associadas à presença de lesões ativas.

Para ler a tese por completa acesse:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-20012009-151623/publico/MarianaMinatelBraga.pdf

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A importância do dentista com o paciente com HIV

A importância do tratamento dentário em portadores de HIV é evidenciada em pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O estudo da cirurgiã dentista Luciana Molin França destaca, entre outros aspectos, a necessidade de maior participação do profissional dentista na equipe multidisciplinar de atendimento a estes pacientes, e o tratamento dentário como instrumento para melhorar a qualidade de vida destas pessoas.

Dentista deve ter mais participação na
equipe que atende pessoas com HIV


Para realizar a pesquisa de mestrado Importância do tratamento odontológico e de fatores associados na qualidade de vida dos portadores de HIV/Aids, Luciana aplicou o questionário SF-36, normalmente utilizado em pesquisas clínicas na área médica, em 100 pacientes de Ribeirão Preto, atendidos na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) e no Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) da Unidade Básica de Saúde de Ribeirão Preto. “Os pacientes foram divididos em dois grupos. Um era composto de 50 pessoas que receberam tratamento dentário no NGA. O outro grupo, também com 50 pessoas, não recebeu o tratamento dentário. Estes, eram atendidos na UETDI”, conta a dentista.
O SF-36 se mostrou uma eficiente ferramenta de análise. Com o instrumento, foi possível analisar os dados e constatar diferenças estatísticas entre os dois grupos estudados. Uma das conclusões, segundo Luciana, é que o tratamento odontológico sozinho não foi capaz de influenciar na qualidade de vida dos pacientes. “Mas detectamos algumas covariáveis associadas a ele que puderam também exercer influências positivas ou negativas na qualidade de vida dessas pessoas”, ressalta a especialista.

Poucas diferenças
O SF-36 permitiu avaliar oito domínios em relação aos pacientes dos dois grupos: capacidade funcional; aspectos físicos; dor; estado geral de saúde; vitalidade; aspectos sociais; aspectos emocionais; e saúde mental. Entre estes aspectos, as únicas diferenças entre os dois grupos foram nos domínios dor e vitalidade. “Achamos estranho apenas estas diferenças. Estudamos então, as covariáveis, como sexo, trabalho, carga viral do vírus, CD4, uso de antiretrovirais, tabagismo, etilismo e drogadição”, lembra a pesquisadora. A pesquisadora cruzou as covariáveis com os domínios do SF-36.
Luciana relata que, por intermédio de algumas características da doença, o profissional dentista pode ser capaz de auxiliar no diagnóstico do HIV/aids. “O atendimento a um paciente com Aids não é mais complexo que o de uma pessoa sem a doença. Mesmo assim, ainda há um certo estigma por parte de alguns profissionais”, lamenta. A pesquisa iniciada em 2008, sob orientação da professora Alcyone Artioli Machado, do Departamento de Clínica Médica da FMRP também revela a precariedade do sistema público de saúde em relação ao número de dentistas para o atendimento às pessoas com HIV/aids. “Aqui em Ribeirão Preto, por exemplo, na UETDI e no NGA há apenas duas dentistas, uma para cada unidade de atendimento”, revela Luciana.

Fonte: Agência USP